terça-feira, 30 de dezembro de 2008

UM DICIONÁRIO ENCICLOPÉDICO DO PENSAMENTO GALEGO



Com coordenação de Andrés Torres Queiruga e Manuel Rivas Garcia saíu em 2008 um magnífico Dicionário, de carácter enciclopédico, sobre o pensamento galego. Além das entradas de carácter biográfico a obra contém um conjunto de sínteses temáticas:

Antropoloxía
O pensamento científico
Dereito
Economía
Estética
Exilio
Feminismo
Liberalismo e Absolutismo
Literatura galega
Matemática
Medicina
Nacionalismo
Pedagoxía en Galicia
A política
Prensa
Relixión




Este imprescindível instrumento de trabalho apresenta uma actualizada visão de conjunto, na sequência de uma primeira tentativa levada a cabo através de uma obra coordenada por Barreiro Barreiro: O pensamento galego na Historia. Aproximación crítica,USC,1992.

O único reparo, embora compreensível, é o da opção de "estrita austeridade informativa", quanto aos autores vivos, limitando, um pouco, a identificação dos temas a que se dedicam.
Ver também
UM BOM ANO DE 2009

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

FILOSOFIA CLÍNICA

ISBN 978-85-7838-056-4
José Maurício de Carvalho acaba de ver publicado pela Editora Ibpex, de Curitiba, esta obra dedicada a um campo de saber que tem cultivado
A filosofia Filosofia Clínica http://pt.wikipedia.org/wiki/Filosofia_cl%C3%ADnica é assim definida, por Lúcio Packter, o pioneiro e polémico sistematizador deste tipo de abordagem no Brasil:

a)O uso do conhecimento filosófico pela psicoterapia.

b) A atividade filosófica aplicada à terapia do indivíduo

c) As teorias filosóficas aplicadas às possibilidades

do ser humano enquanto este se realiza por si mesmo.

sábado, 13 de dezembro de 2008

CONSTANÇA MARCONDES CÉSAR



Da autoria da filósofa brasileira Constança Marcondes César acaba de sair um magnífico estudo sobre o pensamento neo-helénico centrado na obra de Evanghélos Moutsopoulos




Trata-se de uma abordagem nova a partir da cultura grega em torno da noção de kairós (tempo oportuno, momento favorável), de poiésis ( que se expressa na filosofia da arte e na crítica axiológica da cultura) e de eleutheria( liberdade, valor primeiro para a realização do homem)

Constança Marcondes César, Professora titular da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, licenciou-se em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1966) e é doutorada em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1973),
A sua vasta obra filosófica tem incidido, especialmente na Ética dedicando-se a temas da hermenêutica e da filosofia contemporânea, Pertence ao Conselho Permanente de Aconselhamento do Centro de Estudos de Pensamento Português, da Universidade Católica Portuguesa(Porto) e participa, desde a primeira hora, nos Colóquios Tobias Barreto e Antero de Quental
Presentemente. Lidera grupo Filosofia, Cultura e Sociedade e desenvolve o Projecto Crise e liberdade em Merleau-Ponty e Ricoeur.
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4783973P6


Constança Marcondes César no Seminário realizado em Brasília, em Outubro de 2006, sobre o pensamento de Agostinho da Silva e Dora Ferreira da Silva


Constança Marcondes César organizou, também, recentemente, em colaboração com Marly Bulcão http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4788301A6 um volume dedicado a Jean-Paul Sartre (1905-1980) e aos seus contemporâneos. Trata-se de uma actualizada perspectiva de temas como a liberdade, o humanismo e a vida através de trabalhos de vários autores. Além de estudos das organizadoras figuram na colectânea análises de
Elyana Barbosa
Creusa Capalbo
Cléa Góis
Paulo de Tarso Gomes,
Arlindo Gonçalves Júnior
Alino Lorenzon
João Carlos Nogueira
Luís Claudio Pfeil
Jorge Freire Póvoas
António Braz Teixeira.


http://www.ideiaseletras.com.br/default2.asp?pg=loja/detalhe&lnk=busca&det=6075



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terça-feira, 11 de novembro de 2008

O HOMEM DIANTE DO SAGRADO


Nas Edições Humanidades da Universidade Estadual de Londrina acaba de sair

ISBN 9788599600382

com Prefácio de José Maurício de Carvalho

[excerto]

Este livro de Silvio Firmo fala da religião, mas não é de uma religião específica que ele trata. Ele aborda a religião como obra humana edificada em torno do sublime, porque deseja nos lembrar que a vida dos homens não se esgota no âmbito da animalidade. É claro que a religião não é a única trilha de acesso ao sublime, nem a forma exclusiva de justificar a dignidade pessoal, mas ela é um instrumento para realizar ambos os objectivos.Há um aspecto muito interessante que o livro nos apresenta: é o homem quem dialoga com o sobrenatural. O livro reproduz o que se pensa e o que se pensou desse fenómeno ao longo da história do Ocidente. É o sujeito humano que emerge criador e agente da religião. A religião é examinada como facto cultural, produto da nossa acção transformadora do mundo, ainda que esse facto não invalide o reconhecimento da inspiração divina, verdade pessoal que o autor assume como sua. É esse esforço para falar do divino com os olhos do homem o que nos encanta no livro de Sílvio Firmo


Silvio Firmo(Nazareno, MG,1956

domingo, 9 de novembro de 2008

IBERICA-Revista Interdisciplinar de Estudos Ibéricos e Iberoamericanos


Com periodicidade quadrimestral IBERICA-Revista Interdisciplinar de Estudos Ibéricos e Ibero-americanos
publicação eletrónica editada pelo Núcleo de Estudos Ibéricos e Ibero-Americanos da Universidade Federal de Juiz de Fora
incluiu, no número 8, alguns artigos sobre vários aspectos relevantes da transferência da Corte portuguesa para o Brasil que tiveram repercussão histórico cultural.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Portugal no Proyeto Ensayo Hispánico



Proyecto Ensayo Hispánico
(http://www.ensayistas.org/ )
é uma iniciativa
de
Jose Luiz Gomez Martinez

(http://www.estudosibericos.com/arquivos/iberica2/velezapres.pdf) ,
O projecto encontra-se sediado na Universidade da Georgia( EUA).
Neste site encontram-se estudos introdutórios e críticos sobre ensaístas e pensadores do mundo hispânico destinados a uma maior difusão internacional.
Está organizado através de dois tipos de índices: alfabético e por países


quinta-feira, 4 de setembro de 2008

SEMINÁRIOS FARIAS BRITO

II Seminário Farias Brito
organizado
pelo
Centro de Filosofia Brasileira
da Universidade Federal do Rio de Janeiro

A Modernização no Brasil como Problema Filosófico
Aos 200 anos da transferência da Corte Portuguesapara o Rio de Janeiro
23 e 24 de Setembro de 2008

Pormenor da assistência no decurso do Seminário com o Professor Luiz Alberto Cerqueira Director do CEFIB na primeira fila(2º do lado Esquerdo)


TEXTOS DAS INTERVENÇÕES




Da esquerda para a direita:Amândio Coxito (Universidade de Coimbra), José Maurício de Carvalho(Universidade Federal de S. Joâo del-Rei/ UFSJ) e Luiz Alberto Cerqueira(Universidade Federal do Rio de Janeiro /UFRJ) num momento do painel sobre
As reformas pombalinas da Educação:Luís António Verney e o Iluminismo Francês

Participantes na Mesa Redonda 1808 e a ideia do Brasil Moderno: Marco Morel(Universidade Estadual do Rio de Janeiro /UERJ), Lorelai Kury(COC-Fiocruz e Universidade Estadual do Rio de Janeiro /UERJ) e Claudio Egler(Universidade Federal do Rio de Janeiro/ UFRJ)

SILVESTRE PINHEIRO NO RIO DE JANEIRO

A propósito das actuais comemorações da ida da Corte para o Rio de Janeiro importa não esquecer a importância de que se revestiram as Prelecções Filosóficas de Silvestre Pinheiro Ferreira(1769-1846) iniciadas em 1813 no Colégio de S. Joaquim.
Silvestre Pinheiro Ferreira, representante diplomático em Berlim, partiu para o Rio de Janeiro e aí se instalou com a família tendo sido incumbido de vários cargos de natureza política a par da docência.
O seu magistério contribuiu para a modernização do Brasil no âmbito da filosofia e do pensamento político com larga repercussão ao longo do século XIX.

Através deste link http://www.slideshare.net/secret/nG47TyGrKyzpUl pode ter acesso a um documentado estudo de António Paim sobre vida e actividade de Silvestre Pinheiro no Rio de Janeiro

SEMINÁRIO FARIAS BRITO-FORUM DA FILOSOFIA BRASILEIRA



O Centro de Filosofia Brasileira do Programa de Pós-graduação em Filosofia da UFRJ realizará, com patrocínio do Convênio BB-UFRJ, nos dias 23-24/09/2008, o segundo encontro anual do Seminário Farias Brito em torno ao tema “1808-2008: A Modernização no Brasil como Problema Filosófico".


Local: Instituto de Filosofia e Ciências Sociais-IFCS. Largo de São Francisco de Paula, 1 - Sala Celso Lemos (3º Andar). Rio de Janeiro-RJ
Telef.: (021) 2224-6379
P R O G R A MA
23/09/2008 (terça-feira)
10:45
Abertura
11:00
Conferência Farias Brito



1808 e a Modernização da Filosofia no Brasil: Silvestre Pinheiro Ferreira
Prof. Dr. José Esteves Pereira (Universidade Nova de Lisboa)
13:00 Intervalo p/almoço
15:00
As Reformas Pombalinas da Educação: Luís AntónioVerney e o Iluminismo Francês
Prof. Dr. Amândio Coxito (Universidade de Coimbra)
16:00
As Idéias Liberais no Brasil nas Primeiras Décadas do Séc. XIX
Prof. Dr. José Maurício de Carvalho (UFSJ)


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24/09/2008 (quarta-feira)


10:00
A Questão da Liberdade na Filosofia de Rousseau
Prof. Dr. José Oscar de Almeida Marques (UNICAMP)
11:00
A Idéia de Modernização no Brasil sob o Influxo da Filosofia Política de Rousseau
Prof. Dr. Luiz Alberto Cerqueira (UFRJ)

13:00 Intervalo p/almoço

15:00

Mesa-Redonda Multidisciplinar
1808 e a Idéia do Brasil Moderno

Profa. Dra. Lorelai Kury (História/COC-Fiocruz e UERJ)
Prof. Dr. Marco Morel (História/UERJ)
Prof. Dr. Cláudio Egler (Geografia/UFRJ)

Coordenador: Prof. Dr. Luiz Alberto Cerqueira (Filosofia/UFRJ)



VERNEI TRADUZIDO


Em magnífica edição da Imprensa da Universidade de Coimbra passamos a ter uma tradução de De Re Metaphysica, de Luís António Vernei que se fica a dever a Amândio Augusto Coxito.
A obra contém o texto latino fixado por Sebastião Tavares de Pinho e Andria Patrícia Seiça.
Esta edição constitui o VI volume de Portugaliae Monumenta Neolatinahttp://www.uc.pt/imprensa_uc/catalogo/poortugaliae/, colecção dirigida científicamente pela Associação Portuguesa de Estudos Neolatinos(APENEL).




segunda-feira, 23 de junho de 2008

Projecto de Investigação


Teve lugar na Universidade Católica um Ciclo de Conferências no âmbito do Projecto de intercâmbio em curso estabelecido entre o Centro de Estudos de Filosofia CEFi da Universidade Católica Portuguesa e a Pontifícia Universidade Católica de Campinas(PUCCAMP-Brasil)

com a participação da

Profª Vânia Dutra de Azeredo(PUCCAMP)

que perspectivou e aprofundou vários aspectos do pensamento de Nietzsche







ANTÓNIO JOSÉ DE BRITO


COLÓQUIO SOBRE O SEU PENSAMENTO

Sociedade Histórica da Independência de Portugal
Palácio da Independência,
Largo de São Domingos
LISBOA

Organizado pelo INSTITUTO DE FILOSOFIA LUSO BRASILEIRA
25 de Junho de 2008



10 h - Início dos trabalhos-


A noção de “Insuperável” Miguel Real
O conceito de razão – Manuel Candido Pimentel


A dialéctica – Samuel Dimas-


O argumento ontológico – Carlos Silva


13 h - Intervalo para almoço


15 h - Recomeço dos trabalhos-


O direito natural e os direitos humanos – M. Bigotte Chorão-


Integralismo, Nacionalismo e Democracia – Ana Paula Loureiro de Sousa-
O diálogo crítico de António José de Brito com Miranda Barbosa e Cabral da Moncada António Braz Teixeira-


António José de Brito perante o problema da filosofia portuguesa – Celeste Natário


Perspectiva Ética do pensamento de António José de Brito – Carlos Leone-


Breve reflexão a propósito de António José de Brito –


Renato Epifânio


19 h - Encerramento do Colóquio

Algumas das obras de António José de Brito

A propósito de juízos de existência - Contradição e identidade - Estudos de Filosofia - Le point de départ de la philosophie et son développement dialectique - Nota sobre o conceito de soberania - O problema da filosofia do direito - - Pensamento e realidade em Leonardo Coimbra - Positivismo e idealismo na ética - Razão e dialéctica: estudos de filosofia e história da filosofia - Sageza e ilusões da filosofia - Será o homem uma pessoa? - Uma “defesa do racionalismo”, no Porto, na segunda metade do século XIX - Valor e realidade


António José de Brito agradece a homenagem prestada e comenta algumas das intervenções da sessão da manhã presidida por Constança Marcondes César(Pontifícia Universidade Católica de Campinas/PUCAMP), Brasil

quinta-feira, 8 de maio de 2008

III COLÓQUIO LUSO-GALAICO SOBRE A SAUDADE EM HOMENAGEM A DALILA PEREIRA DA COSTA


PROGRAMA

ENTIDADES PROMOTORAS

Universidade Católica Portuguesa – Porto
Faculdade de Letras - Universidade do Porto
Universidade de Santiago de Compostela
Instituto de Filosofia Luso-Brasileira
Câmara Municipal de Viana do Castelo

COMISSÃO CIENTÍFICA

Prof. Doutor Arnaldo de Pinho – Universidade Católica Portuguesa – Porto
Prof. Doutor José Esteves Pereira – Instituto de Filosofia Luso-Brasileira
Prof. Doutor António Braz Teixeira – Instituto de Filosofia Luso-Brasileira
Prof. Doutora Maria Celeste Natário – Universidade do Porto
Prof. Doutor Andrès Torres Queiruga - Universidade Santiago de Compostela


Manhã dia 19 de Maio
Universidade Católica Portuguesa – Porto
Sala dos Executivos (2.º piso)

9,30 – Sessão de Abertura do Colóquio, presidida pelo Senhor Prof. Doutor Joaquim de Azevedo, Presidente do Centro Regional do Porto da Universidade Católica Portuguesa.

- «No III Colóquio sobre a Saudade em homenagem a Dalila Pereira da Costa» (2/5 minutos):
. Universidade Católica Portuguesa – Porto
Prof. Doutor Arnaldo de Pinho
. Faculdade de Letras da Universidade do Porto
Prof. Doutora Maria Celeste Natário
. Universidade de Santiago de Compostela
Prof. Doutor Elias J. Torres Feijó
. Instituto de Filosofia Luso-Brasileira
Prof. Doutor José Esteves Pereira

10,00 – Conferência em sessão plenária (45 minutos):
Presidência: Prof. Doutor António Braz Teixeira
Secretário: Prof. Doutora Maria Celeste Natário

«Experiência Mística e Saudade em Dalila Pereira da Costa»
Prof. Doutor Paulo Alexandre Borges
Universidade de Lisboa

Debate

11,00 horas – Comunicações em sessão plenária (20 minutos):

. «Saudade e Metanóia. Os casos de Fr. Agostinho da Cruz e Dalila Pereira da Costa».
J. Pinharanda Gomes
Lisboa
. «Dalila Pereira da Costa e a Saudade do Paraíso».
Prof. Doutor António Cândido Franco
Universidade de Évora
. «A exemplaridade da obra da Dra. Dalila Pereira da Costa»
Dr. Joaquim Domingues
Braga
. «Dalila Pereira da Costa e a cultura portuguesa»
Dr. Miguel Real
Sintra

. Debate

12,45 horas – Almoço no Restaurante da UCP.


Tarde do dia 19 de Maio
Faculdade de Letras - Universidade do Porto

14,30 horas – Comunicações em sessão plenária (20 minutos):

. «Escrita e Pensamento em Dalila Pereira da Costa»
Prof. Doutora Teresa Noronha
Universidade Aberta – Porto
. «Em torno dos Dispersos de Dalila Pereira da Costa
Dr. Rui Lopo
Lisboa
. «Mensagens do Anjo da Aurora»
Dra. Romana Valente Pinho
Lisboa
. «A Nau e o Graal no contexto das leituras míticas da Expansão Portuguesa»
Dr. Ricardo Ventura
Lisboa

. Debate

16,30 horas – Comunicações em sessão plenária (20 minutos):

. «A mais poderosa ponte identitária: Portugal e a Saudade no nacionalismo galego»
Prof. Doutor Elias J. Torres Feijó
Universidade de Santiago de Compostela
. «Saudade e Abandono»
Prof. Doutor Diogo Alcoforado
Universidade do Porto
. «Da saudade negativa»
Prof. Doutor Manuel Cândido Pimentel
Universidade Católica Portuguesa - Lisboa
. «A Saudade: gramática e espaço-horizonte da intimidade»
Prof. Doutora Paula Cristina Pereira
Dra. Vera Rodrigues
Faculdade de Letras da Universidade do Porto

. Debate

18,30 horas - Conferência em Sessão plenária (45 minutos):
Presidência: Prof. Doutor Andrès Torres Queiruga
Secretário: Prof. Doutora Paula Cristina Pereira

«Expressão e sentido da Saudade na poesia moçambicana contemporânea»
Prof. Doutor António Braz Teixeira
Universidade Lusófona – Lisboa

21,30 horas – Apresentação de Obras
Fundação Escultor José Rodrigues
Rua da Fábrica Social, s/n - Porto.

. «Princípio e Manifestação: Metafísica e Teologia da Origem em Teixeira de Pascoaes», do Prof. Doutor Paulo Alexandre Borges – Universidade de Lisboa.
Apresentação por Prof. Doutor António Cândido Franco – Universidade de Évora.
. N.º 1 da Revista «Nova Águia».
Apresentação por:
Dr. Miguel Real, escritor
Porto
Dr. Alfredo Ribeiro dos Santos


Dia 20 de Maio
Auditório da Biblioteca
Câmara Municipal de Viana do Castelo

10,30 horas – Abertura dos trabalhos.
Palavra do Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo

10,45 horas - Comunicações em sessão plenária (20 minutos):

. «A saudade (isolamento, sociabilidade) em Eduardo Pondal»
Prof. Doutor Luís Garcia Soto
Universidade de Santiago de Compostela
. «Síntese interpretativa e crítica do Saudosismo»
Prof. Doutor Luís de Araújo
Faculdade de Letras da Universidade do Porto
. «A Arte e a Saudade»
Dr. Alberto Antunes de Abreu
Viana do Castelo
. «Aspectos políticos da Saudade em Pascoaes»
Prof. Doutor Humberto Busto
I. E. S. Caxeiras - Galiza

12,30 horas – Almoço, oferecido pela Câmara Municipal de Viana do Castelo.

14,30 horas – Comunicações em sessão plenária (20 minutos):

. «Entre José Marinho e Jesué Pinharanda Gomes – a respeito do conceito de saudade»
Prof. Doutor Renato Epifânio
Universidade de Lisboa
. «Saudade e aposofia em Teixeira de Pascoaes»
Dr. Bruno Béu de Carvalho
Lisboa
. «A saudade na poesia de Fernando Botto Semedo»
Dr. Duarte Drumond Braga
Lisboa

16,00 horas – Discurso de Encerramento do III Colóquio Luso-Galaico sobre a Saudade em homenagem a Dalila Pereira da Costa (30 minutos):
«Das saudades á saudade a través da saudade. A leición de Dalila Pereira da Costa e Maria Zambrano»
Prof. Doutor Andrès Torres Queiruga
Universidade de Santiago de Compostela


Secretariado do Colóquio

Centro de Estudos do Pensamento Português
Universidade Católica Portuguesa
Centro Regional do Porto
Rua Diogo Botelho, 1327
4169 – 005 PORTO
Tel. 22 – 6196265
E – Mail: arocha@porto.ucp.pt

++++

Inscrições
Até 14 de Maio de 2008

quinta-feira, 1 de maio de 2008

ESTANTE -I

Porquê relembrar Maria Zambrano? Que mensagem trouxe ao mundo? Que sentido de ser mulher encarnou? Retomando as palavras de Guilherme d'Oliveira Martins, que tão bem sintetizam o significado de uma vida e definem a pessoa que a viveu, também diríamos "que na obra que nos deixou encontramos uma relação equilibrada e inovadora entre a inteligência e a sensibilidade, onde a pessoa humana se encontra no centro, numa convergência singularíssima entre a herança greco-latina do "sentimento trágico", a "dignidade humana" de raiz cristã e um "espiritualismo vitalista" no qual o método filosófico é posto ao serviço da liberdade e da responsabilidade''
http://www.cnc.pt/Artigo.aspx?ID=467
Da Nota de Abertura de Zília Osório de Castro


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http://www.arquimedesedicoes.com.br/

http://br.geocities.com/gtpragmatismo/



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quarta-feira, 23 de abril de 2008

FILOSOFIA BRASILEIRA

Em mensagem anterior tinha prometido fazer referência aos Encontros Nacionais de Professores e Pesquisadores da Filosofia Brasileira que decorreram, em Londrina, entre 1989-2001.

Em Setembro,na sua passagem por Portugal para participar no Congresso Luso-Galaico-Brasileiro de Filosofia e no VIII Colóquio Tobias Barreto,pedi um depoimento a Leonardo Prota que foi a alma desse contributo notável para o conhecimento do pensamento português e brasileiro.Apresento-o hoje aqui.





Leonardo Prota, em Outubro de 2007, no Cabo da Roca



Encontros Nacionais de Professores e Pesquisadores da Filosofia Brasileira
1989-2001

Um breve balanço

Leonardo Prota
http://www.ensayistas.org/filosofos/brasil/prota/





A realização dos Encontros Nacionais de Professores e Pesquisadores da Filosofia Brasileira tem suas raízes no Curso de Especialização em Filosofia: História do Pensamento Brasileiro, criado na Universidade Estadual de Londrina, em 1981, sob a coordenação do Prof. Ricardo Vélez Rodríguez.
Ex-alunos desse Curso, tendo apreendido a discutir a realidade brasileira, ao saírem da Universidade, manifestaram o desejo de poder continuar a se reunirem, sentindo falta desse convívio. Esse fato deu origem à criação do CEFIL – Centro de Estudos Filosóficos de Londrina, em 1987.
A atividade contagiante promovida pelo CEFIL, que contou com a participação efetiva de Antonio Paim e Ricardo Vélez Rodríguez, possibilitou o 1º Encontro Nacional de Professores e Pesquisadores da Filosofia Brasileira.
Nesse 1º Encontro (set. 1989) foram abordados três tópicos: 1. O Estudo das Filosofias Nacionais; 2. A Filosofia Brasileira e seu diálogo com outras Filosofias Nacionais; 3. Pesquisa e Ensino da Filosofia Brasileira.
No Estudo das Filosofias Nacionais, Ricardo Vélez-Rodríguez, após elaborar uma fundamentação que serviria de orientação para os outros expositores, passou a conceituar a filosofia inglesa, identificando-a com a valorização do conceito de experiência. Antonio Paim abordou o tema da Filosofia Norte-americana, em que evidencia a fundamentação básica de um esforço deliberado para recuperar a tradição empirista inglesa com a promoção simultânea de algumas alterações substanciais tendo em vista integrar a experiência humana em sua totalidade; o pensamento de Dewey sintetiza os grandes debates para essa integração. José Carlos Rodrigues descreve O processo de constituição da Filosofia Alemã; Leonardo Prota identifica a Filosofia Italiana com a expressão de liberdade e independência no período do Risorgimetno e da formação da consciência nacional; Ítalo Costa Jóia evidencia, na Filosofia Portuguesa, A preocupação com a idéia de Deus e o problema do mal; Aquiles Côrtes Guimarães abre a discussão sobre a Filosofia Francesa.
No segundo tópico, O Diálogo da Filosofia Brasileira com outras Filosofias Nacionais, Antonio Paim explicita a distinção entre perspectiva, sistema e problema na estrutura do saber filosófico, salientando que a idéia de vincular a filosofia nacional a determinados problemas tem se revelado muito fecunda.
O 2º Encontro (set. 1991), de um lado apresenta um aprofundamento dos temas abordados no Primeiro, sobretudo no referente a Ensino e Pesquisa da Filosofia Brasileira e Filosofias Nacionais, por outro lado introduz um tema novo: O Problema do Homem na Contemporânea Filosofia Brasileira.
Essa escolha foi muito acertada: tratava-se de verificar a hipótese, levantada por Antonio Paim, de que a recente publicação O Fenômeno Totalitário de Roque Spencer Maciel de Barros, indicasse a totalidade como uma dimensão constitutiva do homem. O livro de Roque Spencer, objeto de estudo em Curso oferecido pelo CEFIL, em Londrina, continuou sendo debatido nesse Encontro, contando com a valiosa colaboração de Antonio Paim, Antonio Frederico Zancanaro, Tiago Adão Lara, Gilda Maciel de Barros, Joaquim de Moraes Neto, José Mauricio de Carvalho, e com a participação do próprio autor, Roque Spencer Maciel de Barros.
Essa iniciativa, além de ter trazido elementos valiosos para a clarificação da hipótese mencionada, levou-nos a adotar como praxe debater a obra de um filosofo contemporâneo que, de alguma forma, estivesse associada ao tema de nosso interesse, isto é, às filosofias nacionais, de um modo geral, e à filosofia brasileiras, em especial.




No 3º Encontro (set. 1993), foi objeto de análise e debate a obra do filosofo português Eduardo Abrandes de Soveral. Após uma apresentação do conjunto da obra do pensador português por Antonio Paim, foram abordados os seguintes aspectos: A metafísica em Eduardo Soveral; O absoluto como fundamento da Moral alicerçada na Religião, por Tiago Adão Lara; A epistemologia em Eduardo Soveral: relações entre natureza e verdade e a carência de estatuto ontológico para a ciência, por Ricardo Vélez-Rodríguez e Mariluza Ferreira de Andrade e Silva; A Filosofia da História e da Cultura em Eduardo Soveral e suas conseqüências no terreno antropológico, por Lourenço Zancanaro e Maria Christina de Oliveira Espínola; O estatuto ético-jurídico da sociedade: a proposta de Democracia Cristã em Eduardo Soveral, por Antonio Frederico Zancanaro.
Os debates, muito animados, contaram sempre com a palavra esclarecedora do Prof. Soveral e deram um exemplo vivo de como as filosofias nacionais, no caso, a filosofia portuguesa contemporânea, contribuem de forma criativa para o patrimônio comum representado pela filosofia universal.
O 4º Encontro (set. 1995) foi dedicado à analise da obra de Antonio Paim. A exposição inicial ficou a cargo de Eduardo Abranches de Soveral, Filosofia Culturalista da Historia em Antonio Paim.
Cultura e Culturalismo é a reflexão que nos propõe Adolpho CRIPPA, que traça um paralelo entre o conceito de cultura como condição indispensável à compreensão do homem e de todos os valores criados e criáveis pela liberdade e a proposta culturalista, apresentada e sistematizada por Antonio Paim em seu novo lançamento, Problemática do Culturalismo.
Sempre no âmbito do conceito de Cultura, Rosa Mendonça de Brito retoma a obra de Antonio Paim, Problemática do Culturalismo, e expõe as idéias do autor indicando origens e fundamentos desse conceito.
Aquiles Cortes Guimarães, em A inspiração kantiana na obra de Antonio Paim, partindo do pressuposto de que Filosofia é dialogo com a cultura, opina que, talvez, essa afirmação seja a mais adequada para caracterizar a atividade filosófica do eminente pensador brasileiro, sobretudo no campo da história das idéias, que constitui o eixo das suas realizações, com a obra mais notável até hoje produzida entre nós. Por esse motivo, Côrtes Guimarães atem-se à analise do culturalismo por Paim ardentemente defendido, posto que de origem kantiana. Nesse contexto, Côrtes Guimarães, retomando a obra citada, Problemática do Culturalismo”oe , define-a como o “Discurso do Método para bem compreender o Culturalismo”.
Ricardo Vélez Rodriguez, debatendo o tema tratado por Aquiles Cortes Guimarães, fixa-se em quatro pontos que considera marcantes: atitude crítica e tolerância; atitude critica e metodologia para o estudo da história das idéias filosóficas; atitude crítica e moral; atitude crítica e educação.
Roque Spencer Maciel de BARROS, na trilha da história das idéias, fixa o contexto em que Paim se afastou do marxismo para ir se aproximando do liberalismo, frisando que “se o presente está grávido do futuro, ele está igualmente encharcado do passado e tanto a continuidade quanto as rupturas exigem o seu exame, para negá-lo, para superá-lo ou reafirmá-lo”. Dessa maneira, salienta BARROS, Paim começou a construir o vasto painel que é a sua obra de historiador de nossas idéias e instituições, com o propósito não só de esclarecer o passado, mas também o presente, e sondar, influindo, à medida que isso é possível no futuro. Esse futuro desejável, que orienta o interesse da investigação sobre o passado – continua Barros - Paim o vê como liberal e democrático, liberalismo e democracia fundados num ideal de formação humanística. Nesse contexto, Barros analisa o conceito de liberalismo em Antonio Paim.
No âmbito do liberalismo salientamos a comunicação de Antonio Frederico ZANCANARO, Antonio Paim: O intelectual e o homem liberal: enquanto que, no mesmo contexto, a problemática educacional é abordada por Rosilene de OLIVEIRA PEREIRA, em O liberalismo e a problemática educacional.
Em fato de educação, Antonio Paim manifesta claramente o seu pensamento a respeito do Ensino Fundamental e da formação profissional, atribuindo ao primeiro a função específica de terminalidade como educação para a cidadania e deixando a função da formação profissional como própria do 2°. grau. Mas, pode-se dizer que em toda a obra de Antonio Paim aflora a questão da Universidade. Leonardo PROTA aborda esse assunto, salientando que duas palavras marcam toda a trajetória do pensamento de Paim a esse respeito, profissionalização e democratização. Na trilha desse binômio, Paim enfatiza a missão da Universidade como formação geral, deixando aos Institutos a incumbência da formação profissional.
O 5º Encontro (set. 1997), em seu primeiro dia, foi dedicado ao tema: Contribuição e Significado da oba de Urbano Zilles. Entre as inúmeras abordagens destacamos o tema desenvolvido por Antonio Paim, “A Filosofia Católica entendida como perspectiva filosófica na obra de Urbano Zilles” e a análise feita por José Mauricio de Carvalho, “A questão da pessoa humana na obra de Urbano Zilles”.
Coroamento de Encontro foi uma Mesa Redonda, coordenada por Antonio Braz Teixeira, sobre o tema “A Filosofia portuguesa contemporânea”. Participaram do debate os seguintes pensadores portugueses: Joaquim Domingues, Pedro Calafate, José Esteves Pereira, Manuel Candido Pimentel, Leonel Ribeiro dos Santos, Eduardo Abranches de Soveral e Norberto Cunha.
O estudo da obra do Embaixador Meira Penna ocupou o 1º dia de debates do 6ºEncontro (set. 1999); sumamente ilustrativa foi a participação do próprio autor, que encerrou esse primeiro dia com uma avaliação criteriosa suscitada pelos debates.
A temática de Ensino e Pesquisa da Filosofia Brasileira teve um enfoque mais prático com a reflexão proposta por José Mauricio de Carvalho, “A questão do material didático para o ensino da filosofia Brasileira.
O estudo das Filosofias nacionais tornou-se uma constante em nossos Encontros; neste, depois de onze anos de estudos, reflexões e debates, fizemos um breve balanço: afinal, por que tanta desconfiança com esse tipo de investigação filosófica? Possivelmente, a explicação esteja no entendimento equivocado a respeito do conceito de Filosofia Universal. O problema não pode ser colocado em termos de oposição e exclusão, Filosofia Universal versus Filosofias Nacionais; mas em termos de constituição: são as Filosofias Nacionais (reflexões e investigações suscitadas por problemas filosóficos que marcaram as distintas tradições nacionais) que constituem e formam a Filosofia Universal, assim como anteriormente eram os sistemas que constituíam o pensamento universal.
O 7º Encontro (set. 2001) abre espaço para analise do pensamento filosófico de Braz Teixeira, com a reflexão proposta por Antonio Paim, A trajetória filosófica de Antonio Braz Teixeira, em que resgata o itinerário do grande mestre lusitano no que tange à metafísica, à ética e à religião, mostrando como tais concepções estão inbricadas na filosofia portuguesa, da qual Braz Teixeira é um dos veneráveis expoentes.
Na seqüência, Ricardo Vélez Rodriguez, em Antonio Braz Teixeira e o movimento da Filosofia Portuguesa, analisa o conceito de filosofia desenvolvido pelo eminente pensador português, mostrando que essa não é mero discurso abstrato, ao contrário, tem profunda relação com o homem concreto e situado histórico- geograficamente. Isso abre espaço para o debate acerca das filosofias nacionais, posto que as filósofos estão inseridos e desenvolvem seu pensamento a partir de um contexto nacional. A compreensão de Braz Teixeira da chamada filosofia luso-brasileira é objeto de análise de José Maurício de Carvalho; A teologia e a idéia de Deus na obra de Braz Teixeira é enfatizada por Tiago Adão Lara; Aquiles Cortes Guimarães reflete sobre o pensamento jusfilosófico de Antonio Braz Teixeira; sempre na área do direito, José de Deus Luongo da Silveira e Selvino Antonio Malfatti percorrem as principais escolas, resgatando a interpretação de Braz Teixeira sobre as mesmas, concluindo pela discussão da relação entre o direito e poder. Braz Teixeira, filosofo do direito, é o titulo escolhido por Eduardo Abranches de Soveral em suas considerações em que evidencia a metodologia usada pelo pensador português e sua insistência em tratar do fundamento axiológico do Direito. Ubiratan Borges de Macedo focaliza o conceito de justiça em A concepção existencial de justiça em Braz Teixeira, e Mariluze Ferreira de Andrade e Silva, por sua vez, apresenta um novo ângulo do debate em A filosofia da literatura na obra de Braz Teixeira.
Quanto à temática de Filosofias Nacionais, o debate é retomado a partir da publicação recente As filosofias nacionais e a questão da universalidade da Filosofia, por parte de Leonardo Prota.
Nesse livro, o autor trata do processo de formação das prinicpais filosofias nacionais partindo da constatação de que tal processo originou-se como procura de alternativa à Escolástica diante dos problemas suscitados pela ciência moderna.
Longo seis anos transcorreram após esse 7º Encontro. O que permanece, hoje, como visão de conjunto, de idéias e realizações, é um estreito relacionamento entre os participantes, com a respectiva divisão de tarefas, e uma imensa saudade.



















A FILOSOFIA PORTUGUESA NO SÉCULO XX

Está a decorrer na Sociedade Histórica da Independência de Portugal
às terças feiras
um Curso de Filosofia Portuguesa no século XIX, coordenado pelo
Instituto de Filosofia Luso Brasileira

INSTITUTO DE FILOSOFIA LUSO BRASILEIRA

ABRIL
(A partir das 15,00h)

DIA 8 – Caminhos da Filosofia Portuguesa no Séc. XIX (A. Braz Teixeira)
DIA 15 – A herança setecentista (Pedro Calafate)
DIA 22 – Sensismo e utilitarismo: I – Joaquim José Rodrigues de Brito (J. Esteves Pereira)
Dia 29 - Sensismo e utilitarismo: II – Silvestre Pinheiro Ferreira(Rodrigo Cunha)


MAIO
(A partir das 15,00h)

DIA 6 - Sensismo e utilitarismo: III – José Agostinho de Macedo (Ivone Ornellas)
DIA 13 – A reacção espiritualista: I – Vicente Ferrer Neto Paiva e o Krausismo ( A. Braz Teixeira)
DIA 20 – A reacção espiritualista: II – Joaquim Maria Rodrigues de Brito ( A. Braz Teixeira)
DIA 27 – A reacção espiritualista: III – Joaquim Maria da Silva (A. Braz Teixeira)


JUNHO
(A partir das 15,00h)

DIA 3 – A reacção espiritualista: IV – Amorim Viana (Manuel Cândido Pimentel)
DIA 17 – A reacção espiritualista: V – Cunha Seixas (J. Esteves Pereira)
DIA 24 – A reacção espiritualista: VI – Antero de Quental (Maria de Lourdes Sirgado Ganho)



CONTACTOS: Sociedade Histórica da Independência de Portugal
Palácio da Independência - Largo de São Domingos, 11 - 1150-320 – Lisboa
Telefone: 213241470 * Fax: 213420411 * Email: ship.geral@ship.pt

quarta-feira, 16 de abril de 2008

NOVIDADES

A primeira novidade é que não me esqueci do blogue. Mas a actividade docente, a coordenação de um Departamento, a última etapa do Processo de Bolonha (3º Ciclo) e o número exagerado de júris das mais variadas provas em que tenho participado (ou vou participar) é a justificação para que não tenha aparecido.

Mas, vamos a notícias.

Acabou de ser lançado um volume de perto de mil páginas, com colaboração de vários autores

CONVERGÊNCIAS E AFINIDADES
Homenagem a António Braz Teixeira



É esta uma excelente oportunidade para aqui deixar expresso o quanto a cultura e a filosofia portuguesas devem a Braz Teixeira,não só pelo saber que nos transmite mas, também, pelo papel que desempenhou, em mais de década e meia, no exercício das suas funções de Administrador da Imprensa Nacional-Casa da Moeda.


O acesso ao corpus de pensamento português que tornou público foi uma iniciativa que o torna merecedor da nossa gratidão. Para todos e, especialmente, para os mais jovens investigadores existem, agora, condições de trabalho a partir das fontes de pensamento que a raridade de muitas obras não possibilitava.
Mas foi, também, esclarecida política sua, a difusão de conhecimento através de Actas de Colóquios, dissertações académicas de real valia ou obras de divulgação mais ampla( na Colecção O essencial sobre...).
No meio das notícias do sensacionalismo efémero é natural que não se valorize o essencial. Sinal dos tempos...Mas a obra fica. Oxalá seja continuada.
Aqui deixo uma lúcida nota editorial que acompanha Convergências e Afinidades volume organizado por amigos e admiradores da obra de Braz Teixeira, editada pelo Centro de Estudos de Filosofia da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa e pelo Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa


António Braz Teixeira acaba de nos dar, entretanto, uma excelente panorâmica do pensamento político do século passado. De leitura obrigatória.


Novidades, também, vindas do Brasil. António Paim que, agora, ocupa a Presidência de Honra do Instituto de Filosofia Luso Brasileira, publica nas Edições Humanidades da Universidade Estadual de Londrina a 3ª edição revista de O Liberalismo Contemporâneo.


A justificação da edição começa a compreender-se logo no primeiro parágrafo da Apresentação: "O fato que tenha dedidido efetivar uma nova edição de O liberalismo contemporâneo prende-se à necessidade de introduzir correcções que seriam imprescindíveis. Dizem respeito, sobretudo, a mudanças na vida política contemporânea que têm obrigado os liberais a propor nova agenda. Mas não se trata apenas disto. Algumas questões estavam mal formuladas". O tema dos sistemas eleitorais, magnificamente tratado, é uma dessas questões que António Paim retoma com a exigência intelectual que é seu timbre.

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Na continuada meditação sobre existência e cultura, José Maurício de Carvalho, professor Titular na Universidade mineira de S. Joâo d´El Rei, com vasta obra publicada, apresenta em segunda edição :


"As meditações sobre a existência e a cultura, que agora aparecem em segunda edição, refletem o nosso entendimento de que a Existência é categoria fundamental para falar do homem de hoje.A Cultura é o ponto de partida da Existência e o produto das ações humanas.Ela se forma com os valores que o homem criou em sua história.Parece-me que a existência humana entendida como o roteiro único e temporal, apenas é fecunda quando se volta para o horizonte cultural, do qual emerge e modifica. Esse processo tem pontos específicos que procurei evidenciar"
(Prefácio da 2ª edição)....Citei este parágrafo como convite á leitura esperando, também, que se intensifique um efectivo espaço de lusofonia filosófica.

Voltando a Portugal chamo a atenção para o que Paulo Borges caracterizou como espelho de um conjunto de múltiplos espelhos diferenciados de Agostinho da Silva. Refiro-me a Perspectivas sobre Agostinho da Silva na imprensa portuguesa, de Renato Epifânio.
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A G E N D A
Curso de Pensamento Luso Brasileiro a decorrer na Sociedade Histórica da Independência( 3ªas feiras, 15 horas) em colaboração com o Instituto de Filosofia Luso-Brasileira.Inscrições no Palácio da Independência,Largo de S. Domingos, 11, 1150-320 LISBOA
Inscrições: Tel. 213241470 fax 213460754 www.ship.pt
e
III COLÓQUIO LUSO-GALAICO SOBRE A SAUDADE EM HOMENAGEM A DALILA PEREIRA DA COSTA/19 e 20 de Maio de 2008 no PORTO e em VIANA DO CASTELO, organizado pelo Centro Regional do Porto da UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA
Inscrições
Rua Diogo Botelho, 1327
4169 – 005 PORTO
Tel. 22 – 6196265
arocha@porto.ucp.pt
Até breve. Prometo ser mais assíduo




quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

TEOREMAS DE FILOSOFIA

Com votos de um Feliz Ano de 2008
apresento um depoimento de Joaquim Domingues sobre a revista de que é Editor e Proprietário


Capa do Número 7 da Revista

Administração: Rua do Areal de Cima, 91 4710-346 Braga

Depoimento

Joaquim Domingues

O aparecimento da revista Teoremas de Filosofia resultou de algumas conversas entre amigos, que entendiam ser necessário encontrar forma de dar livre expressão pública ao pen­samento que os unia. Ora, se não faltam aí revistas de filosofia, o certo é estarem de qualquer modo ligadas a instituições que, com assegurar-lhes a regularidade, condicionam, ainda que indirectamente, a sua orientação. Como é sabido, as regras mais decisivas não chegam a ser enunciadas, pois vigoram por mútuo consenso, mormente em meios fortemente hierarqui­zados, como são por exemplo os académicos.
Esses amigos – que como tais se reconhecem pelo comum amor da verdade, segundo a ética aristotélica e não por mera cordialidade – é que viabilizaram a iniciativa de quem resolveu assumir os encargos administrativos, digamos assim. Como seria de esperar, a revista não obteve qualquer apoio oficial, antes teve de enfrentar as crescentes limitações legais à livre actividade editorial. Ainda assim, manteve publicação regular ao longo de seis anos e doze números, reunindo a ampla e diversificada colaboração que ficou registada no índice geral do derradeiro fascículo.
Uma das intenções prioritárias, expressa logo no primeiro número, foi a de estabelecer a transição entre gerações, designadamente a dos discípulos directos de Álvaro Ribeiro e José Marinho e as que entretanto se têm revelado. Outra foi a de favorecer a ligação entre pessoas que, porventura animadas por um mesmo espírito, se mantinham distantes ou nem sequer se conheciam. A lista dos colaboradores é elucidativa quanto ao primeiro aspecto, sendo certo que nas páginas dos Teoremas de Filosofia se revelaram ou pelo menos se afirmaram alguns nomes de que muito há a esperar; quanto ao segundo, foi talvez um dos que melhor compensou o esforço dispendido.
Encarada como mais um elo apenas na cadeia de publicações periódicas cuja referência
primeira continua a ser A Águia e onde se destacam títulos como os do jornal 57 e da revista
Espiral, a suspensão dos Teoremas de Filosofia nada teve de dramático. Bem pelo contrário, pois não só importa adaptar as publicações às novas circunstâncias, em constante mudança, como em especial ao perfil dos novos protagonistas que assomam no âmbito, cada vez mais alargado, da filosofia portuguesa. Tão certo estou de que não faltarão atrevimentos análogos e de maior fôlego até para dar expressão actual, livre e criadora à tradição que recebemos com a língua em que pensamos e nos entendemos.
É certo que sem regras, normas ou leis não há verdadeira liberdade, pois até quem contra elas se rebela o faz em nome de outras melhores, mais justas ou superiores. Por isso, o facto de a revista ter vivido à margem das instituições oficiais o entendo como um
acidente resultante da dificuldade experimentada por muitos portugueses de se reconhecerem nelas e de serem por elas reconhecidos. Tempo virá em que esse divórcio será ultrapassado e creio mesmo haver sinais de caminharmos para o fim do ciclo em que estes «cadernos de filosofia portuguesa» surgiram como afirmação marginal de quem acredita na realidade espiritual da Pátria.--------------------------------